quarta-feira, 4 de abril de 2012

WhatsApp: Ameaça às teles?

O WhatsApp, um serviço de mensagens instantâneas para celulares que vem crescendo rapidamente, negou que represente uma ameaça para as operadoras de telefonia móvel e o dinheiro que ganham com transmissão de torpedos. Em lugar disso, seu co-fundador, Brian Acton, declarou em uma de suas raras entrevistas que seu aplicativo estava ajudando as operadoras a atrair mais usuários para serviços de dados, os quais em longo prazo se provarão mais lucrativos para elas. "Da minha perspectiva, estamos facilitando um amplo movimento rumo aos planos de dados, e as entidades que oferecem esses planos são as operadoras; elas se beneficiarão substancialmente da tendência", afirmou. "O importante são os dados." O WhatsApp é o mais bem sucedido entre os diversos aplicativos que usuários podem baixar para seus celulares para compartilhamento de mensagens, fotos e vídeos. O aplicativo é popular porque, enquanto muitas operadoras cobram por mensagem de texto, as mensagens do WhatsApp são enviadas usando os serviços de dados das operadoras. De acordo com a Allot Communications, que monitora o tráfego de Internet, o WhatsApp respondeu por 18% da banda utilizada em mensagens de texto em 2011, ante 3% em 2010. Há pouca dúvida que o crescimento de aplicativos como o WhatsApp resulta em queda no tráfego de torpedos. Stefan Zehle, presidente-executivo da consultoria britânica Coleago, afirmou em texto publicado em janeiro que as operadoras de telefonia móvel de Taiwan reportaram declínio de 12% no volume de seus torpedos em 2011, queda que ele atribuiu diretamente à adoção do WhatsApp por mais usuários. O impacto disso sobre o faturamento é claro. A consultoria de pesquisa tecnológica Ovum calculou em relatório, divulgado em fevereiro, que as operadoras perderam 13,9 bilhões de dólares em receitas com serviços de texto, no ano passado.O WhatsApp não revela muitos dados sobre suas operações. Acton repetiu dois números que ele diz demonstrar a ascensão da empresa: em outubro, dois anos depois de seu lançamento, o volume de mensagens transmitido pelo WhatsApp era de 1 bilhão ao dia. Quatro meses mais tarde, o serviço havia atingido a média de 2 bilhões de mensagens diárias. Diferente de muitas empresas iniciantes, a WhatsApp não depende de publicidade. A empresa cobra o uso do aplicativo após o primeiro ano de utilização. Acton disse que a companhia tem sido lucrativa desde 2009, mas evitou comentar números. Fonte: Agência Reuters

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