quarta-feira, 4 de abril de 2012

Corporações se preparam para explosão de dispositivos pessoais no ambiente de trabalho

Com o uso dos dispositivos pessoais para a realização de tarefas do trabalho, empresas procuram soluções que garantam segurança dos dados nos diversos aparelhos conectados. Stephanie Kohn
O fenômeno conhecido como "Bring Your Own Device" ("traga seu próprio dispositivo", em português) está cada vez mais em voga. O conceito se baseia na ideia de que com a explosão dos dispostivos móveis, muitos profissionais passarão a utilizar seus aparelhos preferidos para realizar tarefas do trabalho. Segundo Tom Wilburn, vice-presidente de mobilidade da Cisco, em três anos haverá 15 bilhões de aparelhos conectados no mundo e muitos deles serão usados em empresas também. Ou seja, os dados das companhias estarão passeando em redes até então desconhecidas. "Nossa ideia do BYOD é que as pessoas possam usar seus aparelhos preferidos mesmo em atividades corporativas com segurança. Os funcionários não serão mais obrigados a usar certos tipos de dispositivos, pois a companhia poderá gerenciar todos os aparelhos de forma segura", comenta. Um estudo da Cisco, chamado Cisco Connected World Technology Report, aponta que 40% dos estudantes universitários nos Estados Unidos e jovens profissionais disseram que aceitariam um emprego com salário menor se pudessem ter mais flexibilidade na escolha dos dispositivos que usarão para trabalhar. A mobilidade foi um dos pontos mais comentados na pesquisa. Por conta disso, a Cisco viu uma oportunidade de negócio que pode gerar centenas de bilhões de dólares, afirmou o executivo. Na semana passada, por exemplo, a companhia lançou três novas soluções que permitirão que as empresas gerenciem os dispositivos de seus funcionários de forma mais simples e segura. As novidades unem as políticas de segurança em um único lugar, e elas podem ser aplicadas a diversos aparelhos como tablets, smartphones e PCs. "Se você usa seu tablet no trabalho e perde o aparelho cheio de dados da companhia, é possível rastrear estes dados", explica. Enquanto este tipo de solução não se populariza, alguns especialistas defendem uma estratégia chamada de COPE, que sugere que as empresas decidam pelo dispositivo cedido aos funcionários pensando também na satisfação dele. Dessa forma, a organização pode manter o controle necessário sobre o aparelho ao mesmo tempo que gratifica o profissional com um gadget "da moda". No entanto, para Tom, esta estratégia pode sair mais caro para a empresa, que ainda pode correr o risco de não conseguir satisfazer todos os funcionários.

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