terça-feira, 1 de julho de 2008

Microsoft reduz em até 50% preços do Office e do Vista

Fonte: Reuters
De olho no crescimento do mercado brasileiro de PCs, a Microsoft decidiu reduzir em 50% os preços de seus principais softwares no varejo do país. A redução não envolve apenas a margem que ela deixou de ganhar, mas uma parceria com o varejo em prol do aumento nos volumes vendidos.
"Todos decidiram abrir mão de parte da margem em favor de um volume muito maior de vendas", disse Michel Levy, presidente da Microsoft no Brasil, em encontro com a imprensa nesta terça-feira. "As duas partes se ajustaram à nova política de preços", reiterou Paula Bellizia, diretora de marketing e negócios.
Um teste praticado entre abril e junho deste ano mostrou aumento de oito vezes no volume vendido do pacote Office para uso doméstico com a redução do preço. Por isso, a empresa também decidiu baixar o preço do Windows Vista na versão domiciliar.
Paula lembra que a caixa do Office vendida no varejo para uso domiciliar, em janeiro de 2005, custava em média 559 reais. Em janeiro de 2007, quando lançou a versão mais recente do pacote, a Microsoft passou a praticar o preço médio de 399 reais, mas, desde abril deste ano, começou a testar a aceitação no patamar de 199 reais, preço que agora se tornará definitivo. O corte é de 50% em relação ao preço praticado em janeiro.
De acordo com Levy, vários fatores levaram a companhia a decidir por essa redução neste momento: o acesso de novas classes às tecnologias com a queda no preço dos PCs, a valorização do real frente ao dólar e a escala que o mercado brasileiro está ganhando, que permite economias na produção.
No caso do Windows versão domiciliar, o preço caiu de 699 reais, em 2005, para 499 reais, em janeiro de 2007, quando o Vista foi lançado e, desde junho, a edição Basic passou a ser de 299 reais - uma queda de 40%.
O Vista Home Premium também sofreu redução de 34% nos preços sugeridos desde janeiro, que eram de 589 reais e agora passaram a ser de 389 reais.
Segundo Levy, a iniciativa faz parte de uma estratégia da companhia para mercados emergentes. "O Brasil é um dos primeiros, mas esse tipo de iniciativa também pode ser vista em países como México, China, Índia e Polônia", disse ele.
Paula afirmou esperar "repetir o sucesso" nas vendas do Vista ao longo deste ano. Os novos preços estão sendo sugeridos a todo o varejo brasileiro. Os custos para os fabricantes de hardware que vendem máquinas com os softwares pré-instalados estão caindo "de forma equivalente", segundo ela.
Paula também adiantou que, por conta da experiência, a Microsoft também estuda estender o projeto para o mercado de pequenas e médias companhias, onde o índice de pirataria é muito grande.

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