O curador do Museu do Computador, toda semana, coloca noticias, fotos, escolas visitantes ao Museu, dicas, noticias etc. Leia e divulgue este blog.. O curador - Jose Carlos Valle
Quinta-feira, Março 06, 2008
HISTÓRIAS INTERESSANTES DO AMIGO ADRIANO
ESTA HISTÓRIA EU PEDI PARA O MEU AMIGO ADRIANO....
E ele enviou esta super interessante, e lembro bem desta caneta, quando eu tinha uns 15 anos, acho, e o Adriano era e é super criativo. E após logo tempo, nos encotramos de novo, como?
Pela Rádio Eldorado, no programa do Pierluigi e Tarcisio, no Plug 700 agora Plug Eldorado.
E ele se prontificou em doar esta caneta, que está a caminho da minha casa.. E estará logo no Museu.
UMA CANETA COM DUPLA FINALIDADE No meu tempo de colégio, o antigo científico, apesar de bom aluno, eu não gostava de matérias como Estudos Sociais e História, ia muito mal nas provas, e a única maneira de não ser reprovado era colar. Como não dispunhamos das atuais memórias eletrônicas, tive que bolar uma maneira mecânica de resolver o meu problema. Então, a partir de uma lata de massa de tomate, construí uma caneta com uma bobina de papel de seda impressa em fonte reduzido via computador. Era dotada de um sistema de tracionamento que permitia girar dois finos arames de metal, onde ficavam enrolada a bobina, com o conseqüente deslocamento da bobina para frente ou para trás. As extremidades que permitiam girar os rolos eram disfarçadas como selecionador de cores vermelho e azul, comum em algumas canetas esferográficas de então. A bobina ia sendo enrolada num arame e desnrolada do outro. Logo percebemos que o rolinho vazio desperdiçava um precioso espaço no interior da caneta. Para resolver esse problema, usamos um sistema de deslocamento dos rolinhos que tracionavam a bobina, de maneira que o rolinho que ia enchendo se deslocava na mesma proporção que o rolinho que ia esvaziando. Como resultado, o rolinho vazio passou a ocupar dentro da caneta, apenas o espaço correspondente ao diâmetro do arame utilizado. A professora chegou a usar a minha caneta para preencher o livro de chamada, sob o olhar assustado de meus amigos que sabiam da real finalidade de minha caneta. A caneta, em sua versão original, era revestida por um tubo de plástico flexível, pintado da mesma cor, e apenas com uma metade transparente. Girando esse tubo para o seu lado transparente, a bobina com a cola, ficava visível. Eu fingia que estava pensando enquanto deslocava a bobina com a cola, em busca das respostas. Após os exames finais, depois de aprovado, mostrei a caneta a um professor de física que era muito meu amigo. Ele levou a caneta à sala dos professores e, morrendo de medo, pude ouvir as gargalhadas. Não deu em nada, continuei aprovado mas eles me tomaram a caneta. Então, depois de muitos anos resolvi construir uma réplica, não tão bem disfarçada como a original, que conservo até hoje apenas para ilustrar minha história e que provávelmente será doada ao meu velho amigo José Carlos Valle, para passar a fazer parte do acervo do Museu do Computador. Adriano Vannucci
Dica do curador: José Carlos Valle
Postado por curador às Quinta-feira, Março 06, 2008 0 comentários Links para esta postagem
Nenhum comentário:
Postar um comentário