Domingo, 9 de dezembro de 2007, 09h50
Depois de figurar entre os itens mais comprados nos últimos cinco anos no Natal, o celular acaba de perder espaço para os computadores portáteis. Indústria e comércio, juntos, estimam fechar o ano com 1,7 milhão de notebooks vendidos em todo o Brasil, triplicando o faturamento de 2006, de 5%. O fator que mais incentivou o incremento foi, sem dúvida, a redução na carga tributária, de acordo com Fernando Mello, economista do Clube de Diretores Lojistas (CDL-Rio)
Mello considera que o governo federal teve papel importante para o aquecimento do setor, quando optou pela diminuição dos impostos."Às vezes, quando o governo baixa um imposto, não necessariamente ele reduz arrecadação. Ao contrário, ele ganha no volume porque beneficia toda a cadeia produtiva", diz o economista da CDL. "Incentivando o aumento da produção, o governo expande vendas, gera mais emprego e renda, além de riqueza e desenvolvimento para o país", acrescenta.Mello lembra ainda que outros fatores foram importantes para este aumento. Por exemplo, a recuperação do poder de compra do consumidor, o aumento da oferta do produto, o alongamento dos prazos de pagamento, a redução da taxa de juros e a queda do dólar, que fez despencar o preço dos importados.Daniel Plá, presidente do Conselho de Varejo da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) também acredita que este será o Natal dos notebooks."É o primeiro ano que o celular deixa de ser o item mais procurado no Natal. Vai ser, disparado, o produto campeão de vendas, porque a classe média está menos endividada. As classes B e C também vão surpreender, porque aumentaram poder de compra este ano", aposta.O executivo apenas salienta que os consumidores devem ter cuidados com parcelamentos extensos, pois nem sempre é o que parece.Sidnei Shibata, gerente sênior de Marketing de Produto da Dell Brasil, diz que o segmento se mostrou bastante promissor este ano."No terceiro trimestre de 2006, as vendas de desktops correspondiam a 90,5% do total vendido, enquanto os notebooks só 9,7%. No mesmo período, este ano, os portáteis ocuparam 18,2% do mercado total de PCs comercializados", destaca Shibata.Lucas Guimarães, vice-presidente financeiro da Positivo Informática, comemora o bom momento para a indústria. Até setembro, eles já tinham vendido quase 1 milhão de computadores, sendo 133 mil só de notebooks."Foi um crescimento estrondoso: de 500% em nove meses, em relação ao ano passado", ressalta o executivo.O fabricante Sony também investe forte no segmento notebooks no Brasil, principalmente com a linha "classe A" da companhia, os computadores Vaio. Eles lançaram recentemente dois produtos com tecnologia de alta definição e totalmente fabricados no país.Segundo Francisco Simon, gerente de Marketing e Vendas da empresa, a ampliação da linha de portáteis oferecida hoje aos consumidores, deve provocar o aumento de mais de 100% das vendas de Vaio no país."Desde que lançamos os primeiros modelos, obtivemos crescimento de 200%, em relação ao que esperávamos vender", revela Simon. "Para atender o consumidor brasileiro, planejamos ampliar mais a linha de produtos disponível hoje."Já a HP Brasil aposta em quiosques de experimentação instalados em shoppings de Rio e São Paulo para conquistar consumidores e divulgar as novidades da linha HP Pavilion."Os clientes poderão testar nossos produtos e conhecer mais das novas tecnologias oferecidas", diz Valéria Molina, diretora de Computação Pessoal de Consumo da HP Brasil.
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
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