segunda-feira, 14 de maio de 2012

É possível vencer o Google, diz Microsoft

A Microsoft apertou o passo na corrida pelo primeiro lugar no mercado de buscas virtuais: lançou o novo Bing e mirou quem está na frente. O Google que se prepare, pois a dona do Windows acredita que não há favoritos nesta batalha. "O mundo da tecnologia já viu muita empresa que parecia invencível e que foi substituída por uma plataforma mais interessante", avisou Marcos Swarowsky, diretor da divisão de publicidade da Microsoft no Brasil, em entrevista ao Adnews. Apesar da soberania do concorrente, ele acha que o Google não é imbatível. Não foi uma provocação. Swarowsky vê uma mudança de paradigmas na internet, com as empresas que atuam neste ambiente tentando se aproximar cada vez mais das pessoas. "Este lançamento do Bing é o primeiro de uma série de acontecimentos que estão por vir no mercado", garante. "Cada vez mais a web será uma representação digital da vida real. Mais quente, de certa maneira." O próprio Google tem trabalhado neste sentido, sendo que os círculos do Google+ são um exemplo claro. Mas nas buscas a coisa anda meio estagnada, e aí entra em cena a versão ajustada do Bing, cujo principal trunfo parece estar no fato de a ferramenta conseguir dar peso real para a interação social. "Seus amigos ajudam você a fazer suas tarefas, e o novo Bing é uma representação mais fiel dessa realidade", afirma o executivo. Na curva No Brasil, a diferença entre os dois buscadores ainda é bem grande. De acordo com dados da Experian Hitwise, o Google lidera o mercado local com 90,23% de participação contra 3,89% do Bing, que por outro lado está na ponta do ranking que mostra a taxa de sucesso, com 82,34% de acertividade. O Google Brasil aparece em décimo, com 57,98%. Para reduzir a distância de market share, será necessário enfrentar três desafios. Um é a mudança de hábito do consumidor, o brasileiro tem de ser convencido a experimentar o Bing e, neste ponto, a empresa pode se apoiar em estudos cegos feitos nos Estados Unidos, além de trabalhar fortemente com campanhas de marketing. Em pesquisa de janeiro passado, foi constatado que 34% preferiram o Bing, frente 38% do Google; entretanto, 43% gostaram mais dos resultados do primeiro, enquanto apenas 28% ficaram com o segundo. O segundo desafio é correr atrás das parcerias necessárias para a coluna do meio do novo Bing, a "snapshot", que traz resultados considerados relevantes. Nos EUA, empresas como Yelp, Open Table e FanSnap ajudam nessas buscas junto com plataformas abertas. Já o terceiro é mais complicado, o idioma. O português não é tão simples quanto o inglês, por exemplo. "Há variações muito grandes, e a tecnologia de buscas precisa, num algoritmo, tentar adivinhar o que o usuário quer dizer quando ele escreve aquela busca. O Bing tem de adivinhar a tarefa que a pessoa quer", explicou Swarowsky. A Microsoft não fala em datas exatas, não há previsão para quando a nova versão do buscador chegará por aqui. A única certeza é que o Brasil está entre as prioridades da companhia e apresenta facilidades em relação a outros países, já que recebe muito bem produtos como MSN Messenger e Hotmail. "O Brasil tem sido bola da vez no mundo - e da Microsoft - e nunca tivemos uma prioridade tão grande." Por Leonardo Pereira

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