segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Microsoft pode comprar Blackberry


por Mauricio Grego
Algumas previsões indicam que a Microsoft vai comprar a RIM, fabricante do Blackberry, já neste semestre.
A ideia de que a Microsoft teria seu próprio smartphone ressurgiu com força agora que o Google apresentou o Nexus One, o “Google Phone”. Um boato persistente é que a turma de Redmond já teria desenvolvido um aparelho, conhecido pelo codinome Pink. Mas os softies sempre negam. Dizem que o negócio deles, nessa área, é fornecer software. Afirmam que vender também o hardware atrapalharia as relações com os outros fabricantes de celulares. Seria dar um tiro no próprio pé.
No entanto, há quem pense diferente. A decadência do Windows Mobile é conhecida. O sistema operacional para celulares da Microsoft já teve mais de 30% do mercado mundial. Hoje, tem cerca de 7%, segundo o Gartner Group. Apesar de ter feito vários lançamentos em 2009, a Microsoft continua apanhando da Apple, da RIM, e, mais recentemente, da turma do Android. Comprar a RIM, fabricante do Blackberry, seria uma maneira de virar o jogo, dizem alguns.
Uma pessoa que defende essa ideia é Ken Sonenclar, diretor do banco de investimento americano DeSilva + Phillips. Para ele, a Microsoft deve comprar a RIM, e logo. Ele argumenta que a empresa quase gastou 45 bilhões de dólares, em 2008, para adquirir o Yahoo!, um negócio que não se concretizou. O valor de mercado atual da RIM é de menos de 40 bilhões de dólares. É um preço viável para a Microsoft. E ela ganharia um produto vencedor, ao menos nos Estados Unidos. Lá, até o presidente Obama não vive sem um Blackberry.
Os argumentos de Sonenclar acabaram levando a publicação especializada Industry Standard a incluir a compra da RIM entre suas previsões para este ano. O palpite deles é que o negócio deve ser fechado já neste semestre. Meu palpite, porém, é outro. Acho que esse negócio não vai acontecer, ao menos em 2010. Seria uma mudança radical no modelo de negócios da Microsoft na área de celulares. E a turma de Redmond costuma evitar essas mudanças drásticas. É mais provável que apostem no Windows Mobile 7, que chega neste ano, para tentar reverter a queda no mercado.

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