Se alguém sabe como sobreviver a uma experiência empresarial quase fatal, essa pessoa é Jon Rubinstein.
Em 1997, o antigo engenheiro da Hewlett-Packard foi convidado pelo fundador da Apple, Steve Jobs, para comandar a divisão de engenharia de hardware da empresa, que na época enfrentava dificuldades. A Apple vinha sofrendo prejuízos financeiros e o Macintosh estava perdendo seus atrativos. Rubinstein aceitou, e nos nove anos seguintes ele e sua equipe de engenheiros ajudaram a dar um novo sopro de vida à empresa, com o desenvolvimento do iMac e do iPod.
A experiência deve vir a calhar em seus esforços para reanimar a Palm, cujos raízes no Vale do Silício remontam ao PalmPilot, o revolucionário organizador pessoal; e ao Treo, que atraiu atenção como um dos primeiros celulares inteligentes.
Nos últimos anos, a empresa perdeu o rumo. Sua fatia no mercado de celulares inteligentes caiu à metade, ou 16,9%, nos dois últimos anos. Primeiro, a Research in Motion conquistou o nicho dos usuários empresariais com o BlackBerry, e mais recentemente a Apple capturou as fantasias dos consumidores comuns com o iPhone.
A Palm tentou inovar, para além do Treo, lançado cinco anos atrás, mas os efeitos não foram fortes. No ano passado, a empresa anunciou com grande alarde o Foleo, que combinaria um celular inteligente a um notebook, mas cancelou o projeto três meses mais tarde. Enquanto fabricantes de celulares como Samsung, LG e RIM lançavam produtos para concorrer com a iPhone, a Palm pedia paciência aos usuários fiéis do Treo e investidores. E eles precisarão dela. As ações da empresa caíram em 90% desde o seu pico em março de 2000.
Rubinstein, presidente do conselho, disse estar convencido de que conseguirá recuperar a Palm. "Todo mundo está tentando produzir o aparelho que derrotará o iPhone", ele disse. "Nós estamos tentando produzir um excelente aparelho Palm".
Roger McNamee, sócio da Elevation Partners, uma empresa de capital para empreendimentos, trouxe Rubinstein para a Palm, como parte do investimento de US$ 325 milhões que sua empresa realizou na companhia (da qual agora detém 25%). A missão que ele recebeu de McNamee foi reforçar os departamentos de design de produto e software. Rubinstein cancelou os planos de produtos existentes e começou a recrutar executivos conhecidos da Apple e da Microsoft. O seu foco é recriar o antiquado sistema operacional da Palm.
Nesta quarta-feira, ele e o presidente-executivo Ed Colligan anunciaram o lançamento de um novo celular inteligente voltado a usuários empresariais - o Treo Pro. Mais esbelto e elegante do que os modelos atuais, ele não bastará para resolver os problemas da empresa mas seu teclado e tela maiores alinhados ao corpo do aparelho são mais fáceis de usar que o velho design da Palm, que se assemelhava ao de uma calculadora.
O teste real do novo comando surgirá no primeiro semestre do ano que vem, quando a Palm lançará uma nova geração de software e um novo aparelho que, espera a empresa, facilitarão aos usuários navegar pela Internet e manter contato com amigos e colegas.
Wall Street continua cética. "O desfecho é binário: pode ir em uma ou na outra direção", disse Jonathan Goldberg, analista da Deutsche Bank Securities, em San Francisco. "O produto deles já está envelhecido. Se os novos modelos forem ótimos, as ações subirão; se não, cairão.
Rubinstein encarregou os funcionários da empresa de revolucioná-la de dentro para fora. "Não vou salvar a companhia", ele disse, em entrevista na sede do grupo. "Eles é que vão".
Terra Tecnologia-Tradução: Paulo Migliacci ME
A experiência deve vir a calhar em seus esforços para reanimar a Palm, cujos raízes no Vale do Silício remontam ao PalmPilot, o revolucionário organizador pessoal; e ao Treo, que atraiu atenção como um dos primeiros celulares inteligentes.
Nos últimos anos, a empresa perdeu o rumo. Sua fatia no mercado de celulares inteligentes caiu à metade, ou 16,9%, nos dois últimos anos. Primeiro, a Research in Motion conquistou o nicho dos usuários empresariais com o BlackBerry, e mais recentemente a Apple capturou as fantasias dos consumidores comuns com o iPhone.
A Palm tentou inovar, para além do Treo, lançado cinco anos atrás, mas os efeitos não foram fortes. No ano passado, a empresa anunciou com grande alarde o Foleo, que combinaria um celular inteligente a um notebook, mas cancelou o projeto três meses mais tarde. Enquanto fabricantes de celulares como Samsung, LG e RIM lançavam produtos para concorrer com a iPhone, a Palm pedia paciência aos usuários fiéis do Treo e investidores. E eles precisarão dela. As ações da empresa caíram em 90% desde o seu pico em março de 2000.
Rubinstein, presidente do conselho, disse estar convencido de que conseguirá recuperar a Palm. "Todo mundo está tentando produzir o aparelho que derrotará o iPhone", ele disse. "Nós estamos tentando produzir um excelente aparelho Palm".
Roger McNamee, sócio da Elevation Partners, uma empresa de capital para empreendimentos, trouxe Rubinstein para a Palm, como parte do investimento de US$ 325 milhões que sua empresa realizou na companhia (da qual agora detém 25%). A missão que ele recebeu de McNamee foi reforçar os departamentos de design de produto e software. Rubinstein cancelou os planos de produtos existentes e começou a recrutar executivos conhecidos da Apple e da Microsoft. O seu foco é recriar o antiquado sistema operacional da Palm.
Nesta quarta-feira, ele e o presidente-executivo Ed Colligan anunciaram o lançamento de um novo celular inteligente voltado a usuários empresariais - o Treo Pro. Mais esbelto e elegante do que os modelos atuais, ele não bastará para resolver os problemas da empresa mas seu teclado e tela maiores alinhados ao corpo do aparelho são mais fáceis de usar que o velho design da Palm, que se assemelhava ao de uma calculadora.
O teste real do novo comando surgirá no primeiro semestre do ano que vem, quando a Palm lançará uma nova geração de software e um novo aparelho que, espera a empresa, facilitarão aos usuários navegar pela Internet e manter contato com amigos e colegas.
Wall Street continua cética. "O desfecho é binário: pode ir em uma ou na outra direção", disse Jonathan Goldberg, analista da Deutsche Bank Securities, em San Francisco. "O produto deles já está envelhecido. Se os novos modelos forem ótimos, as ações subirão; se não, cairão.
Rubinstein encarregou os funcionários da empresa de revolucioná-la de dentro para fora. "Não vou salvar a companhia", ele disse, em entrevista na sede do grupo. "Eles é que vão".
Terra Tecnologia-Tradução: Paulo Migliacci ME
Nenhum comentário:
Postar um comentário