sábado, 7 de maio de 2011

iPad 2 é a estrela dos tablets



Por Airton Lopes, de INFO Online

Assim como aconteceu com o iPhone 4, o iPad 2 veio ao mundo sem nenhum recurso revolucionário. Minimalista e certeira, a Apple realizou o upgrade óbvio de itens defasados, como o processador e a falta de câmeras, e concentrou esforços no design. O iPad 2 tem as mesmas capacidades (16, 32 e 64 GB) e preços (499, 599 e 699 dólares, com acréscimo de 130 dólares para as versões com 3G), mas em um corpo mais elegante, com molduras preta ou branca ao redor do LCD de 9,7 polegadas. A redução do peso, para 605 gramas, e da espessura, ficou 33% mais fino, agora com 0,8 centímetro, potencializam ainda mais a já excelente experiência de uso. A integração perfeita entre o hardware, o sistema iOS 4.3 e as dezenas de milhares de aplicativos é um item que ainda deixa os concorrentes atrás.

O INFOlab testou a versão mais completa do iPad 2, com 3G e 64 GB de memória. O processador dual core A5 de 1 GHz deixou o tablet mais ágil para carregar aplicativos, páginas da web e revistas digitais. Mas a diferença não é algo que impressiona. O iPad 2 foi bem na codificação para 720p de um clipe de cinco minutos do aplicativo iMovie (baixado por 4,99 dólares). A tarefa foi concluída em 4 minutos e 32 segundos. O outro upgrade obrigatório do iPad 2 foi a incorporação de câmeras para filmar em até 720p e fazer videoconferências por Wi-Fi pelo FaceTime com outros iPad 2, iPhones, iPods Touch e computadores Mac mais recentes. Nisso, o tablet brilha. A encrenca aparece quando as câmeras são usadas para fotografar. A melhor delas, a traseira, faz fotos com resolução de 0,7 MP e não tem flash. O resultado é pífio. Outras queixas que já atormentavam Steve Jobs continuam válidas.

O iPad 2 segue ignorando Flash e não há leitor de cartão ou saída HDMI no corpinho elegante. Mas já dá para comprar um cabo com adaptador HDMI (39 dólares) e usá-lo para levar os vídeos do iPad 2 para a TV. Segundo a Apple, a bateria do iPad 2 é a mesma do antecessor e suporta dez horas de uso. No INFOlab, ela resistiu a 7 horas e 23 minutos reproduzindo filmes em 720p, ininterruptamente, com mais de dez aplicativos abertos em segundo plano e Wi-Fi e Bluetooth ativados. Apesar de abaixo do especificado, a marca é muito boa. Até porque um usuário comum raramente usará o tablet nessas condições.

O iPad 2 pode chegar ao Brasil no dia 27 de maio, pelo valor de 1.750 reais. Desde março, quem circula entre as gôndolas dos supermercados Extra e Walmart pode estacionar o carrinho no setor de eletrônicos, experimentar e comprar um iPad. Fabricantes como Positivo, Itautec e Semp Toshiba confirmam que terão suas versões, mas não dão detalhes como tamanho de tela, configuração ou sistema operacional. “A escolha do sistema não é uma questão tão simples e nem o tablet é só hardware. O sucesso da Apple com o iPad está no ecossistema”, afirma Hélio Rotenberg, presidente da Positivo, destacando a integração do tablet da Apple com as lojas de aplicativos.

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