segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Notebooks ilegais invadem Brasil, diz estudo

Marcas como Acer, Asus e Toshiba crescem impulsionadas por importações ilegais, dis estudo.
A venda de notebooks importados ilegalmente trouxe perdas de US$ 656 milhões para o Brasil em 2008, apenas em impostos sonegados, segundo o Instituto Brasil Legal (IBL).
Segundo a associação, marcas como Acer, Asus e Toshiba vêm crescendo no Brasil impulsionadas por importações ilegais, prejudicando a concorrência. Essas três marcas responderam sozinhas por US$ 291 milhões de perdas com sonegação no último ano.
Em 2008, 532 mil notebooks da Acer foram os mais vendidos no país, sendo que apenas 107 mil foram declarados, diz a pesquisa. Isso significa que apenas 20% dos equipamentos da marca chegam legalmente ao país.
A Asus também preocupou a associação, com 87 mil notebooks e apenas 39% declarados, assim como a Toshiba, que vendeu 108 mil notebooks em 2008, sendo apenas 10% legais.
“Enquanto a indústria nacional enfrenta um momento difícil, a ilegalidade está deslanchando”, afirma o presidente do IBL, Edson Vismona.
De acordo com o executivo, produtos de procedência ilegal foram encontrados durante operações em grandes lojas de varejo do país. “Pagando impostos, o importando deveria ser pelo menos 50% mais caro nas lojas, mas chega a ser até 20% mais barato”, argumenta.
O crescimento da ilegalidade já se refletiu em números. A participação do mercado cinza, que vinha caindo desde 2004, quando respondia por mais de 74% das vendas, chegou a 30% em 2007. Mas em 2008 voltou a crescer, chegando a 35%. “Pode aumentar ainda mais esse ano, se nada for feito”, argumenta Vismona.
Para conter o problema, o IBL recomenda ações de fiscalização mais contundentes em aeroportos, portos e fronteiras, incluindo a licitação de serviços de scanner para verificar os containeres. A entidade também sugere uma atuação mais forte de órgão de controle como a Receita Federal, o Inmetro, a Anatel e o Procon.
O estudo foi elaborado com base em dados da Receita Federal e de institutos como IDC e ITData.

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