quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Apple exige sigilo máximo de fornecedores


TAIPÉ - O imenso complexo industrial localizado na cidade de Longhua, no sul da China, parece uma fortaleza.
Para entrar, trabalhadores precisam usar cartões magnéticos nos portões. Guardas identificam os ocupantes de cada veículo por meio de leitores portáteis de impressões digitais.
Caminhões de transporte de contêineres e empilhadeiras percorrem o vasto complexo ininterruptamente, atendendo a uma teia de fábricas que produzem bens eletrônicos para as maiores marcas mundiais, 24 horas por dia.
Dentro da cidade murada, um dos diversos complexos operados pela Foxconn International, uma grande fornecedora da Apple, os funcionários têm atendidas a maior parte de suas necessidades cotidianas. Existem dormitórios, refeitórios, centros de recreação e até mesmo bancos, padarias e agências de correio.
Os funcionários mais humildes do complexo têm poucos motivos para sair. Isso reduz a probabilidade de vazamentos, e por sua vez atenua o risco de despertar a ira da Apple e de seu CEO, Steve Jobs, cujos lançamentos de produtos se transformaram em longos e muito controlados espetáculos de mídia.
Muitos dos produtos finais da Apple, do iPod ao iPad, são montados em complexos industriais como o de Longhua. E quando se trata de proteger os segredos da Apple, a Foxconn, unidade da Hon Hai Precision Industry, e outros fornecedores da região preferem deixar pouco ao acaso.
"Eles usam detectores de metais e nos revistam. Se você estiver carregando quaisquer objetos metálicos ao sair, chamam a polícia", disse um trabalhador uniformizado do lado de fora de uma fábrica em Longhua, cidade localizada a cerca de uma hora de distância de Hong Kong.
Edward Ding, porta-voz da Hon Hai, sediada em Taiwan, preferiu não comentar, e o mesmo vale para a Apple.
Mas de acordo com informações de fontes chinesas e de outros locais na Ásia, a Apple vai "ao extremo", nas palavras de um profissional do setor, para proteger até mesmo os menores detalhes dos produtos novos que têm em desenvolvimento. Reuters

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